Após três anos sem casos de sarampo, em 2010 o Brasil bateu o recorde de registros da doença na década. De acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados 68 casos em três diferentes estados. O mais afetado foi a Paraíba, com 57 deles. Os outros ocorreram no Rio Grande do Sul (oito casos) e no Pará (três casos). Esses casos são provenientes de outros países, já que ainda existem surtos de sarampo em diversas regiões do mundo. Depois de análise laboratorial da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os 68 registros da doença no Brasil foram de fato classificados como decorrentes de vírus "importados". As notificações do Pará foram do vírus D4 e as do Rio Grande do Sul e Paraíba do micro-organismo B3, ambos similares aos de circulação na Argentina e África do Sul. Apesar de o país ter solicitado à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) o certificado de eliminação da doença no ano passado, o pedido foi descartado pelo Ministério da Saúde, pois ainda são esperados casos importados da doença. O Ministério da Saúde indica que, atualmente, a vacina contra o sarampo é a única medida preventiva e também a mais segura. Para isso, é importante assegurar que o esquema vacinal esteja completo. A primeira dose deve ser aplicada aos doze meses de vida, e o reforço entre quatro a seis anos de idade. Todas as mulheres até 49 anos devem ter uma dose da vacina e os homens até 39 anos também devem ser vacinados, independente do histórico da doença.
Fonte: O Povo (via COFEN) e Ministério da Saúde